Pato Branco (PR) – Na noite do sábado, 28 de junho, celebramos o nono e último dia da novena de São Pedro, com a santa missa presidida por Frei Valdemiro Wastchuk. O tema que nos guiou foi: “Pedro, apascenta as minhas ovelhas” – uma frase carregada de ternura, de missão e de misericórdia.

Na homilia, fomos conduzidos a um dos encontros mais comoventes do Evangelho: Jesus, já ressuscitado, reencontra seus discípulos à beira do mar de Tiberíades. Ali, diante de Pedro – aquele que o negara três vezes -, o Senhor faz três perguntas que atravessam o tempo e chegam até nós: “Pedro, tu me amas?” Não é um gesto de repreensão, mas de restauração. O amor de Jesus cura as feridas, reconstrói a dignidade e transforma o fracasso em novo ponto de partida.

A cada resposta de Pedro – “Senhor, tu sabes que te amo” – Jesus lhe confia uma missão: “Apascenta as minhas ovelhas”. Esse chamado não é sobre poder, mas sobre serviço. Apascentar é cuidar, proteger, alimentar. É dedicar-se ao outro com o mesmo amor com que fomos cuidados por Deus. Pedro, tocado pela misericórdia divina, é agora enviado a transmiti-la. Tornado pastor não por merecimento, mas por graça, ele se torna ponte entre o coração de Cristo e o seu rebanho.

E essa mesma palavra ressoa hoje em nosso coração. Também a nós o Senhor pergunta: “Tu me amas?” E se, como Pedro, respondemos “sim”, então Ele nos envia a cuidar uns dos outros. Em casa, no trabalho, na comunidade, em meio aos desafios do mundo – somos chamados a ser pastores com cheiro de ovelha, que não julgam, mas acolhem; que não se impõem, mas servem; que não se cansam de amar.

Que a fé de Pedro nos inspire. Que o seu recomeço nos fortaleça. E que a sua missão nos recorde que amar a Cristo é inseparável de amar os irmãos. Que possamos, nós também, apascentar com amor as ovelhas que o Senhor nos confia.