São Pedro Apóstolo

Pastoral da Família

Escrito em 16/10/2017


A Pastoral Familiar surgiu da necessidade de atuação da Igreja junto às famílias devido às amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura, pondo em questão esta instituição que constitui o cerne da sociedade. A família sempre foi de grande importância para a Igreja pois através dela que o homem começa sua vida, forma sua base.
Em 1980, de 26 de setembro a 25 de outubro , realizou-se em Roma o sínodo dos bispos sobre a função da família cristã no mundo de hoje resultando na Exortação Apostólica Familiaris Consortio do papa João Paulo II . Com base nesta encíclica, a CNBB publicou o documento 65 – A Pastoral Familiar no Brasil que serve de subsídio para a implantação da Pastoral Familiar nas Paróquias.
A Pastoral Familiar tem como missão ser misericordiosa, acolhedora, integrada, defensora da vida e dos valores cristãos, valorizadora do sacramento do matrimônio e formadora de Igrejas domésticas e comunidades de amor.
A Pastoral familiar destina-se a todos os tipos de pessoas e famílias para ajudá-las e servi-las – famílias bem constituídas, desestruturadas, futuras famílias, famílias em situação de miséria, distanciadas da vida da igreja, discriminadas, de migrantes, mães e pais solteiros, pessoas sem família, divorciadas, viúvos e em toda situação familiar que necessite de ajuda e acolhimento.

Para melhor atuação, a Pastoral Familiar divide-se em três setores: Pré-matrimonial, Pós-matrimonial e casos especiais.

“A família é uma comunidade íntima de vida e de amor, querida pelo próprio Deus (Familiaris Consortio, II),
“A família é o fundamento da própria sociedade, é a primeira escola das virtudes sociais. ( Doc. 65, Coleção de Estudos da CNBB, pág. 11 )
“ A família cristã é a célula primeira e vital da sociedade; é o santuário da vida, é Igreja Doméstica; é o primeiro espaço de evangelização e engajamento social.” Doc. Santo Domingo nº 214
“ A família deve ser a vossa grande prioridade pastoral! Sem uma família respeitável e estável não pode haver organismo social sadio, sem ela não pode haver uma verdadeira comunidade eclesial” João Paulo

Setores

Um dos setores importantes da vida da Igreja é a Pastoral Familiar. Embora a realidade da família esteja presente em muitos campos da ação da Igreja, necessário se faz organizá-la, sem o que ela se dilui entre as outras pastorais e não conseguirá a eficácia que dela se espera.
Evidentemente a organização por si só não garante a concretização dos objetivos e metas estabelecidos. Somente assim, no entanto, se poderá dar passos controláveis e seguros na direção do atendimento da famifia. Junto com a organização se faz necessária a presença de agentes de pastoral abertos à ação do Espfrito na Igreja: pobres, despojados, missionários, disponíveis à ação do Senhor. Este é um pressuposto que não pode ser negligenciado.
Um mínimo de organização deverá estar presente a nível nacional, regional, diocesano e paroquial (também em comunidades eclesiais de base). Sua estruturação inicial se faz sob a forma de uma comissão ou equipe.
Essa comissão (ou equipe) é instrumento de que se serve a Igreja para cumprir sua missão na ação evangelizadora no acompanhamento, orientação, ajuda e apoio às famílias. Focalizaremos aqui as comissões ou equipes diocesanas e paroquiais.
Caráter das comissões e equipes
Trata-se de comissões e equipes de reflexão, animação, planejamento e coordenação da Pastoral Familiar em sua área de abrangência, isto é, na paróquia ou na diocese.
Não é um novo movimento ou associação que surge, nem são criadas para competir com os movimentos e serviços familiares já existentes.

São suas principais características:
• acolher com amor e simplicidade todas as pessoas, casais, movimentos, serviços, instituições e organizações que trabalham em prol da família ou se empenham em sua promoção;
• animar, estimular e apoiar o trabalho de todos na Pastoral Familiar diocesana ou paroquial,
• estabelecer orientações e linhas comuns para a ação pastoral;
• servir de elo de ligação entre as diversas estruturas existentes: família-grupo-comunidade; comunidade-paróquia; paróquia-setores das dioceses; pastorais, movimentos, associações.

Coordenação: Gaspar e Rosa